quarta-feira, 18 de junho de 2014

Chove, mas falta água

Muitos acreditam que a chuva é a solução de todos os problemas do agricultor nordestino. Mas não é bem assim. Eu estava de passagem por Santo Isidro (muitos insistem que o Isidro na verdade é Izidro, e este será o tema de um post mais à frente) e acabei encontrando Vanderlei, filho de Zé Buxinho (que já foi tema de um post neste blogue). Ele me falou que, para o habitante da cidade, parece que está chovendo muito. Mas esta chuva tem sido insuficiente, tanto para molhar a terra quanto para abastecer as cisternas dos agricultores de água potável. Na propriedade em que Vanderlei estava (infelizmente os proprietários não se encontravam no local no momento em que lá estive), existe um poço, do qual os agricultores retiram água para as plantações. Mas esta água é imprestável para o consumo humano. Os proprietários tem que ir à cidade comprar galões de água mineral, para ter o que beber.
Esta é mais uma prova das inúmeras, e, para a maioria das pessoas, desconhecidas dificuldades que causam aflição aos agricultores, não só de Santo Isidro, mas de muitas outras regiões do Nordeste.
Mas, esta comunidade está começando a se mobilizar para buscar a solução de seus problemas junto aos órgãos competentes. Eles criaram a Associação Rural de Moradores do Sítio Santo Isidro. Logo farei um post dedicado à esta entidade. Iniciativas assim mostram que pessoas unidas em torno de uma causa podem mudar para melhor a realidade do local onde vivem.

PS - É com extremo prazer, e superando o trauma da violência, que volto a escrever artigos neste blogue. Foi mais difícil do que eu esperava. Mas a causa é válida, muito válida.

Embora haja água para o plantio e para outros usos, como lavar roupa, falta água para beber.
Poço artesiano da propriedade. Infelizmente, a água não serve para consumo humano.
A aparente exuberância da vegetação esconde o fato de que as chuvas são insuficientes para abastecer de água potável as cisternas.

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